João Nicolau
nasceu em Lisboa em 1975. Com formação em Antropologia, fez a primeira
aproximação ao cinema, do ponto de vista da criação, com a realização de
"Calado Não Dá”, um documentário para a sua tese de mestrado. É realizador,
editor de cinema, foi ator no filme "A Cara que Mereces” de Miguel Gomes e é
também músico. Já colaborou com grandes vultos do cinema português como João
César Monteiro ou Margarida Gil e a sua, ainda curta, carreira prima por já ter
várias obras premiadas e exibidas em prestigiados festivais de cinema
internacionais, como os de Cannes, Veneza, Locarno, São Paulo, Belfort, Viena,
Buenos Aires, Sevilha, Milão, Monreal, Roma, Sarajevo, Valdivia ou Angers.
Em 2006,
"Rapace”, a primeira curta-metragem de ficção que assinou, estreou em Cannes e
foi galardoada com o prémio de Melhor Filme no Festival Internacional de
Curtas-Metragens de Vila do Conde. Três anos depois, realizou a curta "Canção
de Amor e Saúde” e voltou a recolher boas críticas nacionais e internacionais.

Em 2010, deu
ao mundo a sua primeira longa-metragem, "A Espada e a Rosa”, filme que foi
exibido no conceituado Festival de Veneza e esteve nomeado para Melhor Filme no
Festival Internacional de Cinema Independente de Buenos Aires. Em 2012, voltou
às curtas com "O Dom das Lágrimas” e um ano depois com "Gambozinos”, com as
quais voltou a arrecadar mais distinções e reconhecimento em várias partes do
mundo.

Esta semana,
é o realizador em foco do Festival de Cinema Luso-Brasileiro que decorre até
dia 13, em Santa Maria da Feira. Em jeito de retrospetiva e de reconhecimento
pela sua visão cinematográfica, vão ser exibidas as principais curtas-metragens
e as suas duas longas-metragens, incluindo "John From”, que integra a seleção
oficial.