Obras de nomes como Rodrigo
Areias, Salomé Lamas ou João Pedro Rodrigues, por exemplo, integram o programa
do festival que decorre até dia 2 de Novembro, em Viena.
Entre as 300 produções que fazem
parte da edição do VIENNALE
de 2016, 10 são portuguesas:
Uma homenagem cinéfila a Manoel de Oliveira, Num documentário íntimo, João Botelho, com o apoio da Ar de Filmes, mostra o método e modo de filmar do seu mestre, deixando uma obra contra o esquecimento de um dos grandes cineastas portugueses. O filme contém ainda a curta-metragem "A rapariga das luvas” — uma obra imaginada por Manoel de Oliveira que nunca tinha chegado a ser realizada.
No trabalho de Rita Azevedo Gomes e CRIM, podemos conhecer a estória de Jorge de Sena, que foi forçado a sair de Portugal por razões políticas e circunstâncias da vida. Durante os mais de 20 anos de exílio mantém, no entanto, correspondência por carta com Sophia de Mello Breyner Andersen.
A obra de Hugo Vieira da Silva, produzida pela Alfama Films, apresenta a estória de dois colonizadores portugueses do séc. XIX. Imbuídos de uma vaga intenção civilizadora, desembarcam numa remota zona do Rio Congo para coordenar um posto comercial.
Salomé Lamas e a O Som e a Fúria apresentam a comunidade instalada em maior altitude do mundo nos Andes peruanos, La Rinconada y Cerro Lunar. Uma ilusão leva os homens à autodestruição, com o uso de ferramentas e meios dos tempos antigos.
No trabalho de André Gil Mata, somos convidados a um dia na vida de Sena, uma mulher de 70 anos que vive numa sala de projeção de um cinema em Saravejo.
É-nos apresentada — pela mão de Rodrigo Areias — a estória de Constantino, um guardador de rebanhos durante o dia e de um museu, à noite. Aurora cruza-se com Constantino no início e final do dia, até que ganha coragem para o interpelar.
Uma vez mais, Rodrigo Areias e a Bando à Parte, juntam-se para nos apresentar um policial sobre crime, extorsão e corrupção. Este filme conta a história de um detetive privado e da sua companheira que se envolvem em esquemas de extorsão.
A longa metragem de João Pedro Rodrigues, produzida pela Black Maria, mostra Fernando, um ornitólogo solitário, que ao descer o rio Douro em busca de cegonhas pretas, é engolido pelos rápidos. Obstáculos e encontros inesperados colocam-no à prova, até que Fernando se revela um novo homem.
"A Morte de Luís XIV” foi dirigida por Albert Serra, numa coprodução entre a portuguesa Rosa Filmes, a Andergraun Films e a Capricci Production. Esta longa-metragem, rodada em Bordéus e em Queluz, documenta os últimos dias na vida do Rei Sol.
Pelo olhar de Eduardo Williams, numa co-produção entre a portuguesa Bando à Parte, a Rude Cine e a RT Features, seguimos um grupo de rapazes de diferentes origens, que crescem e abrem os seus horizontes a novas perspetivas que têm tanto de comum como mágicas.
O VIENNALE é um dos festivais de cinema
internacionais não competitivos mais importantes, não só da Áustria, como do
mundo da língua alemã. A cada outubro, o VIENNALE ocupa os mais belos cinemas
do centro histórico de Viena, dando ao festival uma orientação internacional
sem descurar do toque urbano distintivo desejado pela organização.
Este ano, a decorrer desde dia 20 de
outubro até dia 2 de novembro, foram selecionadas cerca de 300 obras
cinematográficas, entre as quais 10 têm o carimbo luso. No final do evento,
serão distribuídos os prémios de FIPRESCI
Prize of the International Film Critics’ Association e Vienna Film Prize of the City of Vienna.
