MDoc regressa em julho
Em 2024, o Festival Internacional de Documentário de Melgaço, pretende vai ter um enfoque no cinquentenário da Revolução de 25 de Abril. Vai ser dada "particular importância” às cinematografias que abordaram o cinema e a revolução em países como Espanha, Brasil, Chile e nos países africanos de expressão de língua portuguesa. As inscrições devem ser feitas até 15 de julho.
Entre as atividades organizadas estão o Fora de Campo – Curso de Verão, que vai ser um "ponto de encontro de pesquisa, debate e desenvolvimento de práticas criativas de várias proveniências”.
Na iniciativa Plano Frontal, que decorre entre 26 de julho e 4 de agosto, Pedro Sena Nunes orienta a residência "Produzir um documentário”, desafiando quatro equipas a realizarem quatro documentários sobre temas locais. "A ideia passa por abordar a história da região e contribuir para a criação de um arquivo audiovisual sobre o património imaterial de Melgaço”, segundo os organizadores.
Cada equipa selecionada vai usufruir de uma bolsa no valor de cinco mil euros para pagamento de despesas relacionadas com estadia, apoio técnico, produção e tutoria.
As candidaturas devem ser feitas até 30 de junho.
Na Residência Fotográfica, os participantes vão ser "desafiados a fotografar sobre temas locais que lhes serão propostos”.
Orientada também por Pedro Sena Nunes, a residência tem como intuito "promover a fotografia e incentivar ao aparecimento de novos fotógrafos”.
Os custos associados serão suportados por uma bolsa individual no valor de dois mil euros e as candidaturas estão abertas até 30 de junho.
As oficinas do MDoc regressam à Escola Secundária de Melgaço, entre 29 de julho e 01 de agosto, estando as inscrições abertas até 15 de julho.
Catarina Mourão - que conquistou o prémio para melhor documentário português em "A Toca do Lobo” (MDoc 2016) e "Astrakan 79” (MDoc 2023) – vai orientar a oficina de cinema "A Casa e o Mundo”.
A realizadora vai "partilhar o seu processo criativo e promete desafiar os participantes a pensarem em diferentes abordagens da realidade, filmarem o conflito, o improviso, o Outro, e trabalhar num exercício prático que reflita a voz, uma abordagem pessoal, uma memória ou diferentes temporalidades”.
Prosseguindo a aposta "na descentralização da cultura e na coesão territorial”, a edição deste ano do MDoc é apresentada como "especial, já que se assinala um marco de resistência e consolidação deste evento em Portugal, com eco internacional”.