Realizadora portuguesa no IDFA

O IDFA - Festival Internacional de Documentário de Amesterdão - homenageará a realizadora apresentando uma retrospetiva da sua obra, que inclui os filmes: "Processo Crime 141/53 – Enfermeiras no Estado Novo” (2001) junto com o novo filme-ensaio "Pós-Processo Crime,” "Natureza Morta” (2005), "48” (2009), "Luz Obscura” (2017), "Fordlandia Malaise” (2019), "Viagem ao Sol” (2021) e a estreia mundial do seu mais recente trabalho, "Fordlândia Panacea” (2025). Uma obra que dá continuidade ao trabalho iniciado com "Fordlandia Malaise”, "abordando a história da company-town fundada por Henry Ford na Amazónia e revelando novas descobertas arqueológicas indígenas que desafiam a visão da localidade como "cidade utópica” ou "cidade-fantasma”, de acordo com o comunicado da Kintop.

Susana de Sousa Dias foi ainda convidada a definir uma seleção de dez filmes, que serão exibidos numa secção especial dedicada à memória coletiva e à reescrita de narrativas políticas. Do top 10 que escolheu constam obras de Sarah Maldoror e Harun Farocki, entre outros.

Na descrição do site do certame dos Países Baixos, o IDFA destaca a "visão abrangente" e "a abordagem singular" do cinema Susana Sousa Dias, sublinhando o modo como recorre "às imagens de arquivo e à forma cinematográfica" para "questionar a ditadura, os legados coloniais e o frágil terreno da memória", sempre "intransigente na criação de contra-arquivos dissidentes".

Em 2020, o documentário "48", de Susana de Sousa Dias, foi exibido no IDFA, no âmbito do Top 10 programado pelo convidado de honra desse ano, o realizador italiano Gianfranco Rossi.